domingo, 21 de junho de 2009

Ferreira

Ferreira, terra de gente,
de gente mal humorada,
Ninguém anda contente,
Ai que terra desgraçada.

Mas não há regra sem excepção,
Já dizia alguém,
Conheço gente de coração,
Desta Ferreira do além.

Corro por essas estradas fora,
muito trabalho e pouco lazer,
a vala não demora,
foi isto que vim fazer.

Mas não foi para isto que estudei,
Não foi para isto que verguei a mola,
Não foi para isto que empenhei
20 anos da minha vida na escola.

O calor, ai o calor,
este calor que não nos larga,
este calor que não é amor,
é o calor da vida amarga.

Das horas ao sol,
do pó e da bicharada,
ando a paracetamol
ficar doente não está com nada.

Para casa eu vou,
esta terça é à maneira,
cansado eu estou,
desta vida em Ferreira.

1 comentário:

  1. Grande poeta é o Pedro!
    Olha lá, Ferreira, essa Ferreira que descreves não é na Transilvânia?
    Já tás doente e tudo...foste picado por uma melga, quiçá vampira, cuja primeira letra do nome é A...?
    Basta os olhos dela verem-nos e é tiro e queda, de repente estamos prisioneiros da sua pestilenta simpatia e da babugem que os seus gestos têm...até acordarmos e percebermos que tudo foi um pesadelo draculiano...
    Eh pá ganda ficção.
    Tá tudo bem ctg?
    Abração migo.
    Luís

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