quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Catástrofe na Madeira.Afinal será apenas a Natureza responsável?



Pois é.Vejam e pensem.
Chamem-me o que quiserem.Não quero saber.Estou solidário com as pessoas que perderam amigos e familiares, que perderam as suas casas, que perderam tudo...
Estou solidário mas não posso deixar de levantar algumas questões.
Hoje na RTP 1 vi uma notícia sobre um suposto documentário que passou na Biosfera na RTP 2 em 2008 a prever esta situação.

É sabido por toda a gente que na Madeira é frequente estas enxurradas.É normal a água descer rapidamente, levando tudo à frente.É normal.São os declives, é a desflorestação, é a pressão urbana.
Os madeirenses, mais que ninguém, sabem perfeitamente que morar e construir junto às ribeiras é perigoso.Os governantes desse partido nojento que reina na Madeira também o sabem.
Ninguém fez nada.Ninguém quer saber.

Agora vêem pedir milhões para reconstrução.Mas porquê?
Quer dizer, os meninos não respeitam os PDM´s nem os relatórios ambientais.
E agora querem dinheiro?

Não posso aceitar que por um erro, e atenção que toda a gente sabia desta situação nomeadamente os governantes da madeira, os contribuintes portugueses e europeus paguem esta desgraça.
Não posso mesmo....

Já nem falo do aproveitamento das solidariedades que existem por aí....

Não é a Madeira riquíssima???

1 comentário:

  1. Embora possa parecer grosseiro, concordo plenamente contigo. Mas o que se passou na Madeira, poderia ter-se passado em qualquer parte deste nosso Portugalzinho, onde se passa constantemente por cima dos PDM´s e das Cartas de Risco. No fim, perdem-se dezenas de vidas á custa da imcompetência desses... senhores. E ainda tem a lata de vir acusar aqueles que falam da impermebialização dos solos, da desflorestação e do perigo de construir em leitos de cheia,de serem demagógicos. Assim se sacode a água do capote, mas fica tudo bem, que além de terem morrido 42 pessoas, há que continuar com o circo. O Brecht escreveu "Dizem que é violento o rio que tudo arrasta, mas ninguém diz que são violentas as margens que o comprimem". Nem mais.

    Comprimentos e larguras,
    Rui Ramos

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