Ai meu Alentejo esquecido,
Meu Alentejo amargurado,
Anda tudo a ser vendido,
Anda tudo a ser comprado.
Belas planícies com olival,
Terras boas com girassol,
Abunda o cereal,
Pena ser espanhol.
O celeiro da antiga senhora,
Anda agora a ser retalhado,
Não há ninguém para a lavoura,
Está tudo desorganizado.
O Estado não se ocupa,
A europa não quer,
O Alentejo sem manduca,
Vai definhando até morrer.
O trabalho cooperativo,
Talvez seja a solução,
Dar ao povo um incentivo,
Para a vida ter razão.
Já chega da jorna,
Já chega da precariedade,
Já chega da água morna,
É altura da verdade.
O Alentejo não mente,
É possível mudar,
O caminho é em frente,
Com a foice a ajudar.
Mas a foice sozinha,
Não consegue lá chegar,
É preciso toda a gente,
É preciso continuar.
Continuar a resistir,
Por um Alentejo diferente,
Todos nós vamos cuspir,
Neste capital intransigente.
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Um dia destes tens de juntar as tuas quadras, seleccionas as melhores e fazemos uma festa (pode ser em Mértola, na Tapada das Necessidades, onde achares mais conveniente) em torno de uma edição que pode ser artesanal mas conterá uma verdade indestrutível que é, como sublinhou Victor Jara, "El Derecho de Vivir en Paz"...
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