domingo, 24 de maio de 2009

V Festival Islâmico em Mértola










Aqui vos deixo algumas fotos do V Festival Islâmico.
Foi o primeiro em que a família feliz esteve presente.
Primeiro e talvez o último.

Na minha modesta opinião foi mais uma feira de produtos diferentes e caros, onde o Islão toma proporções apenas e exclusivamente exóticas.
Eram as tias cheias de salamaleques à procura de algo que nem elas sabem bem o quê.
Gastar o que não se tem para depois se passar fome.
É esta a nossa crise.

Por outro lado, as ruas apinhadas de gente também não facilitaram a deambulação e usufruto do Festival.
Sinceramente nunca tinha visto Mértola tão cheia.
Talvez por nunca ter ido ao festival.
Para os locais como o sr Ruas do restaurante Tamuje ou o mê parente do café Guadiana, este festival foi sem dúvida uma lufada de ar fresco.Muito trabalho é certo, contudo os muitos euritos que fazem ajudam sem dúvida a equilibrar algumas contas.
Não esquecer que durante o ano, Mértola vai recebendo apenas alguns curiosos (muitos deles espanhóis) e algumas excursões escolares.

Não podia deixar de passar em branco o aproveitamento político que se viu no festival.
Neste ano de eleições, tanto os cromos do bloco como os pedantes do ps estiveram em força.
Foi a conferência do bloco, a mando de Cláudio Torres, no centro de estudos islâmicos, e a pseudo distribuição de propaganda dos "socialistas".
Enfim, talvez o objectivo fosse esquecer os 85 mil apoiantes da CDU que marcharam em Lisboa neste sábado último.

Mas nem tudo foi mau.Também tenho que dar o braço a torcer.
Apesar da imensa confusão e destas jogadas políticas até gostei de estar com a malta do mestrado e passear por uma Mértola transformada em medina.
Os cheiros a incensos e aos chás foram qualquer coisa.
As muitas chuvadas que apanhámos também ajudou a animar.

Em suma, foram dois dias bem passados.
Mas mesmo assim, se não fosse o pensão já estar marcada desde o início do ano, sinceramente tinha era ido à grande marcha.

3 comentários:

  1. sera que tas aqui para falar de politica, ou do festival...
    quanto ao preço dos produtos, ate tens um pouco e razao, mas o povo portugues nao sabe regatear e de certeza que trazias de la os produtos bem mais baratos...
    quanto aquilo que dizes enchente, este ano ate teve fraco por causa da chuva...

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  2. Caro Anónimo,
    caso não tenhas lido o meu primeiro post, este blog tem como finalidade uma introspecção do mundo que me rodeia e de tudo aquilo que acho pertinente escrever.

    É certo que não tenho muito jeito, mas não o deixo de fazer.

    Em relação ao que escrevo, e no que toca ao festival, tentei fazer uma abordagem geral de todas as ilações que tirei do mesmo.A nível social, financeiro, emocional e sem dúvida político.

    Político sim, pois foi o que vi.Um grande aproveitamento de uma suposta apresentação de um livro que cedo se transformou num comício do bloco.Aproveitamento sim, da pseudo distribuição que os do ps tentaram fazer nas ruas.E isto também foi o festival.

    Em relação aos preços praticados, a minha grande questão não tem a ver com o valor do produto em si.Se calhar não me fiz entender bem.Lá está, a falta de jeito para a escrita.Aquilo que quis dizer(escrever),foi o sentimento que as pessoas têm perante um festival desta ordem.As pessoas esquecem a magia do Islão enquanto grande sociedade e só pensam em gastar rios de dinheiro em produtos que facilmente se encontram em sítios como por exemplo no Martim Moniz em Lisboa.Sei que não toca da mesma forma a todas as pessoas.Mas é triste que algumas das conferências estivessem estado praticamente vazias e as ruas estarem cheias (ou quase, segundo dizes).Aquilo que quis dizer foi a constatação do consumo em excesso em tempos que todos dizem difíceis.

    Foi apenas isto.

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  3. amigo
    antes que me volte a dispersar, parabéns atrasados pelos teus twenty five forever.
    A pessoa formidável que tu és - ser em mutação, numa aprendizagem por vezes dolorosa - em generosidade, partilha, alma e coração grandes, precisa de um alimento de pureza, que felizmente existe na tua vida: a companheira, a filhota, os amigos e os camaradas da aventura mertolense.
    Fiquei comovido com o teu poema na hora da brasa.
    Grande poeta é o arqueólogo, sobre a terra ardente dos ferreiristas, esses estranhos animais que respondem com o silêncio quando interpelados.
    Sugiro Vítor Jara, o genuíno, em el derecho de vivir in paz, para selar esta amizade.
    Grandabarço
    Luís

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